Hoje passei o dia andando pelas ruas de Buenos Aires. Visitando bomboneiras, praças 28 de maio, casas rosadas, avenidas 9 de "rulho" , flores mecanincas, caminitos, conversando com as pessoas em portunhol e aprendendo sobre a história da cidade. A primeira impressao que tive quando cheguei ontem aqui no hotel foi: Recife! - Finalmente rios, pontes e calor. Essas três coisas me fizeram sentir em casa. Adeus montanhas, lagos e frio. Muito bom estar com vocês... mas eu sou uma pessoa dos tropicos. Fato. Só depois descobri que nao, Buenos Aires nao é como Recife. Um pedacinho talvez. Na verdade ela é uma colcha de retalhos, e cada retalho dessa cidade tem um porquê , uma historinha por trás, uma origem.. Italia, Franca, Inglaterra...
Os bairros que visitamos eram cheios de Mansoes que foram abandonadas pelos famílias ricas depois da epidemia de febre amarela passaram a abrigar na época, cada uma, mais de trinta familias de pobres imigrantes doentes... trabalhadores, malandros e prostitutas. Eles têm uma história triste. Mas admirável. Como nao admirar o povo que nos deu Ernesto e Evita? Como nao admirar ao talento que eles tem de transformar a cidade cinza em cor? Como nao admirar a capacidade que eles tem de transformar a miséria e o desencanto em mágia - Em dança. Em vida...
em Tango?!