segunda-feira, 29 de junho de 2009

Reformulando

"Quantas pessoas sentem-se raras, puras, especiais perto de você?
Quantas pessoas, perto de você, sentem-se extraordinárias ?"

Numa visão menos egocentrísta do filme.
Acho que eu poderia fazer melhor do que o Marley.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Marley e Eu.

Eu realmente não sabia nada sobre filme. Geralmente não gosto de filme que cachorro é personagem principal, mas me surpreendi. Não, não chorei :)

"Quantas pessoas fazem você se sentir raro, puro e especial?
Quantas pessoas fazem você se sentir extraordinário?"

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Considerações Oftalmológicas

vai ver ela não usa os óculos
por gostar de ser míope;

gostar de se olhar no espelho e não ver sua falhas
gostar de fingir que as coisas são assim

Amelie


Assisti "O Fabuloso Destino de Amelie Paulin" essa quinta. Quem já viu, lembra que logo no começo os personagens são apresentados de acordo com suas peculiaridades, gostos e desgostos. Coisas simples que compõe a personalidade de cada um. Daí fiquei me perguntando, se eu fosse uma personagem de um filme francês, qual seria minha descrição?

domingo, 21 de junho de 2009

Peanuts


Mandamentos



Você não pode mecher o suco com a colher do açucar
Nem enxugar as mãos molhadas na calça
Você não pode acordar tarde, nem chegar atrasado
Você não pode faltar
Você não pode tirar nota baixa
Você não pode esquecer
Você não pode deixar cair,
Você não pode fazer barulho, pisar a grama ou sujar a parede
Não pode deixar de beber o leite nem de escovar os dentes
Você não pode ser gordo, nem magro demais
Você não pode falar muito, nem ficar calado
Você não pode reclamar. nunca, em hipótese nenhuma reclamar.
Você precisa desligar a luz e trancar a porta.
Você precisa estufar o peito, levantar o queixo e endireitar a coluna
Você precisa ser atleta
Você precisa ser bonita
Você precisa ser intelectual
Você precisa gostar de todo mundo
e precisa aceitar tudo com serenidade
Ser paciente e tolerante:



Ou mandar tudo pelos ares.


Pois é.

A noite caiu na minh'alma
Fiquei triste sem querer
- Drummond
As vezes a gente anoitece, sem ter nem pra quê.
Odeio quando me anoiteço.

sábado, 20 de junho de 2009

Canção Amiga

Eu preparo uma canção
em que minha mãe se reconheça,
todas as mães se reconheçam,
e que fale como dois olhos

Caminho por uma rua
que passa em muitos países.
Se não me vêem, eu vejo
e saúdo velhos amigos.

Eu distribuo um segredo
como quem ama ou sorri.
No jeito mais natural
dois carinhos se procuram.

Minha vida, nossas vidas
formam um só diamante.
Aprendi novas palavras
e tornei outras mais belas.
Eu preparo uma canção

que faça acordar os homens
e adormecer as crianças.
- Carlos Drummond

Coração Numeroso


O mar batia em meu peito, já não batia no cais.
A rua acabou, quede as árvores?
a cidade sou eu
a cidade sou eu
sou eu a cidade,
meu amor.

- Carlos Drummond

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Com Medo de Drummond :|

Acordo para a morte. Barbeio-me, visto-me, calço-me.É meu último dia: um dia cortado de nenhum pressentimento. Tudo funciona como sempre. Saio para a rua. Vou morrer. Pela última vez miro a cidade. Ainda posso decidir, adiar a morte, não tomar esse carro. Não seguir para. Posso voltar, dizer: amigos, esqueci um papel, não há viagem, ir ao cassino, ler um livro. Mas tomo o carro. Indico o lugar onde algo espera. O campo. Refletores. Passo entre mármores, vidro, aço cromado. Subo uma escada. Curvo-me. Penetro no interior da morte. A morte dispôs poltronas para o confortoda espera. Aqui se encontramos que vão morrer e não sabem. Jornais, café, chicletes, algodão para o ouvido, pequenos serviços cercam de delicadeza nossos corpos amarrados.Vamos morrer, já não é apenas meu fim particular e limitado,somos vinte a ser destruídos,morreremos vinte,vinte nos espatifaremos, é agora. Ou quase. Primeiro a morte particular,restrita, silenciosa, do indivíduo. Morro secretamente e sem dor,para viver apenas como pedaço de vinte, e me incorporo todos os pedaçosdos que igualmente vão parecendo calados. Somos um em vinte, ramalhete dos sopros robustos prestes a desfazer-se. E pairamos,frigidamente pairamos sobre os negóciose os amores da região. Ruas de brinquedo se desmancham, luzes se abafam; apenas colchão de nuvens, morres se dissolvem,apenas um tubo de frio roça meus ouvidos,um tubo que se obtura: e dentroda caixa iluminada e tépida vivemosem conforto e solidão e calma e nada.Vivo meu instante final e é como se vivesse há muitos anos antes e depois de hoje, uma contínua vida irrefrável, onde não houvesse pausas, sonos,tão macia na noite é esta máquina e tão facilmente ela corta blocos cade vaz maiores de ar. Sou vinte na máquina que suavemente respira,entre placas estelares e remotos sopros de terra, sinto-me natural a milhares de metro de altura,nem ave nem mito,guardo consciência de meus poderes,e sem mistificação eu vôo, sou um corpo voante e conservo bolsos, relógios, unhas, ligado à terra pela memória e pelo costume dos músculos, carne em breve explodindo.Ó brancura, serenidade sob a violênciada morte sem aviso prévio,cautelosa, não obstante irreprimível aproximação de um perigo atmosférico golpe vibrado no ar, lâmina de vento no pescoço, raio choque, estrondo, fulguração ,rolamos pulverizados. Caio verticalmente e me transformo em notícia.
Morte de Avião - A rosa do povo
Tô ficando meio deprê lendo esse livro :/

Últimos Dias

... E de olhar esta folha, se cai.
Na queda retê-la. Tão seca, tão morna.
Tem na certa um cheiro, particular entre mil.
Um desenho, que se produzirá ao infinito,
e cada folha é uma diferente.
E cada instante é diferente,
e cada homem é diferente,
e somos todos iguais.
No mesmo ventre o escuro inicial,
na mesma terra o silêncio global,
mas não seja logo...
Carlos Drummond de Andrade

Ler, reler e reler


"...Nesse sentido, ler Dummond é mais do que um prazer poético , é também um sofisticado exercício de compreensão da propria vida e da irremessível perplexidade humana ."
Affonso Romano de Sant'Anna

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Terra de Gigantes



"Mas, hey mãe! Alguma coisa ficou pra trás, antigamente eu sabia exatamente o que fazer.

Mas, hey mãe! Por mais que a gente cresça, há sempre coisas que a gente não pode entender"


domingo, 14 de junho de 2009

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Not Meat


"Se você paga uma prostituta, está financiando o comércio de humanos."

Hindu?

Um místico indiano disse certa vez:
"Quando eu existia, não existia Deus — agora Deus existe, e eu não existo mais".


Na realidade, pela fé eu morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou pregado à cruz de Cristo. Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.
- Gálatas
Qualquer semelhança é mera coincidência!
... Estudando o Livro das Religiões

terça-feira, 9 de junho de 2009

Médicos Sem Fronteiras


"Não podemos levantar a bandeira branca,
precisamos dela também"

Think Different

Here’s to the crazy ones. The misfits. The rebels. The troublemakers. The round pegs in the square holes. The ones who see things differently. They’re not fond of rules. And they have no respect for the status quo. You can quote them, disagree with them, glorify or vilify them. About the only thing you can’t do is ignore them. Because they change things. They push the human race forward. And while some may see them as the crazy ones, we see genius. Because the people who are crazy enough to think they can change the world, are the ones who do.

- Comercial da Apple

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Reasons

- I have to go.
- I have to stay.
- Story of my life.
- Me, too.
Amelie & Viktor Navorski

Sala de Espera

Todos esperamos por alguma coisa:
Esperamos terminar o curso, arranjar um bom emprego
Esperamos pelo táxi, pelo elevador, pelo ônibus
Esperamos pelo bebê. Esperamos ficar curados.
Esperamos o dia de ir embora, o dia de voltar
Esperamos um telefonema, uma mesagem, um sinal.
Esperamos pela mãe no colégio. Esperamos na fila do banco
Esperamos encontrar "alguém". Esperamos fazer dezoito.
Esperamos boas notícias, Esperamos pela cirurgia
Esperamos que o avião aterrise no pátio.
Esperamos realizar um sonho. Esperamos um doador compatível.
Esperamos ansiosos, que nossa espera um dia acabe.
E não importa quanto tempo leve,
A nossa espera parece sempre uma eternidade
(...)

O Terminal

Amélia :Are you coming or going?
Viktor Navorski:I don't know. Both