domingo, 30 de janeiro de 2011

Ação e Cor Ação.



Por trás de toda ação, um cor ação. E os motivos que ele teve para agir, e tudo que ele viveu, e tudo que ele sofreu, nós desconhecemos. Nós enxergamos o instante e não a vida inteira.  Lembrar de julgar menos e me preocupar mais em enxergar o que está por trás do que se vê.

Aprendendo com as mães da Enfermaria

sábado, 29 de janeiro de 2011

Imagem.


Toda vez que volto do plantão tenho uma vontade imensa de escrever aqui. Engraçado que as nossas memórias são como vinho. A medida que o tempo vai passando o sabor delas vai ficando melhor, e elas vão ficando mais caras. Escrever o que a gente pensa, o que a gente sente é como tirar um fotografia de dentro d'agente. Nos dá a possibilidade de saber como fomos um dia.




- e não estou falando de Rxs nem TACs nem RNMs.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Boneca de Pano



Minha boneca de pano se foi
E deixou o berço vazio
E deixou o peito vazio
Cheio de saudade (...)

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

À Medicina - Djavan



Sem pensar em nada
Fez a minha vida
E te deu (...)

Sem contar os dias
Que me faz morrer,
Querendo saber de ti
Jogado à Solidão,

Mas se quer saber
Se eu quero outra vida
Não! Não!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Internato



Ver "meus" pacientes pela manhã. Ficar feliz, ficar triste. Enfermarias, permanencias, emergencias. Estudar, estudar, estudar. Saber, cuidar, correr, querer parar e nao poder. Urgência de ser... querer saber o que fazer. Precisar saber. E ficar angustiada... contar os seguntos, os batimentos, as incursões. O ponteiro correndo, o tempo passando. E eu calculando a vida. Um milhão de coisas. E dentre essas coisas, a certeza de estar fazendo a coisa certa.


... Alguma coisa acontece no meu coração

sábado, 8 de janeiro de 2011

Nascido em Bordel


Hoje passei o dia andando pelas ruas de Buenos Aires. Visitando bomboneiras, praças 28 de maio, casas rosadas, avenidas 9 de "rulho" , flores mecanincas, caminitos,  conversando com as pessoas em portunhol e aprendendo sobre a  história da cidade. A primeira impressao que tive quando cheguei ontem aqui no hotel  foi: Recife! - Finalmente rios, pontes e calor. Essas três coisas me fizeram sentir em casa. Adeus montanhas, lagos e frio. Muito bom estar com vocês... mas eu sou uma pessoa dos tropicos. Fato. Só depois descobri que nao, Buenos Aires nao é como Recife. Um pedacinho talvez. Na verdade ela é uma colcha de retalhos, e cada retalho dessa cidade tem um porquê , uma historinha por trás, uma origem..  Italia, Franca, Inglaterra... 

Os bairros que visitamos eram cheios de Mansoes que foram abandonadas pelos famílias ricas depois da epidemia de febre amarela passaram a abrigar na época, cada uma, mais de trinta familias de pobres imigrantes doentes... trabalhadores, malandros e prostitutas. Eles têm uma história triste. Mas admirável. Como nao admirar o povo que nos deu Ernesto e Evita? Como nao admirar ao talento que eles tem de transformar a cidade cinza em cor? Como nao admirar a capacidade que eles tem de transformar  a miséria e o desencanto em mágia -  Em dança. Em vida... 


em Tango?!



sábado, 1 de janeiro de 2011

Oh vida futura


Seja bem vindo ano novo. Seja bem vinda manha. Amanha. Que seja bem vindo tudo aquilo que me acontecerá. Tenho o coracao aberto. Boas vindas ao que me fará crescer. A tudo aquilo que vem para me ensinar. Tudo aquilo me me fara rir ou chorar. Ao que vai me machucar. Ao que vai me consolar. Ao que vai me dar vontade de morrer, e ao que me fará querer viver outra vez. Aos erros e acertos. Boas vindas ao  inesperado - porque é aquilo nao podemos prever,  a noticia que nao esperavamos, o que nos pega de surpresa, o que nos tira o fôlego - que muda nossas vidas. Sejam bem vindas pessoas novas que conhecerei. Que esquecerei. Que me amarei. Boas vindas a tudo isso. Seja lá o que tudo isso for...




"Então, meu coração também pode crescer.
Entre o amor e o fogo, entre a vida e o fogo
meu coração cresce dez metros e explode.
– Ó vida futura! Nós te criaremos."

Carlos Drummond