segunda-feira, 28 de junho de 2010
Home Sweet, Home - Dia 10
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Dia 3 - Alien
Beijo!
sábado, 19 de junho de 2010
Dia 1 : Contornando a Imensa Curva...
Tem gente que não gosta de voar de avião. Confesso que quando a gente vai puxando a malinha e subindo a rampa pra entrar na aeronave dá um frio na barriga! Quando ele tá decolando também... quando tá aterrisando, quando tá lá em cima... mas enfim. É o máximo. Passei praticamente 10 horas voando pra chegar! O "trânsito" aereo estava congestionado e precisamos ficar fazendo hora no céu antes de "estacionar" Hahaha. Mas a viagem foi muito divertida. A ansiedade era tanta que engoli o chocolate quente de vez na salinha do embarque e queimei minha lingua ( até agora sinto as papilas ardendo! hahaha) . Quando sentamos , fiquei 30 min catucando o controle remoto para descobrir como ligar a TV. Assisti três filmes, ouvi todas as estações do radio, vi desenho animado, comi... mas a parte mais emocionante, foi lá pra 23:00 quando sobrevoamos a AFRICA! Eu passei por cima de Cabo Verde, Casablanca! E lá estava ela, linda lá embaixo, brilhando pra mim. Eu puxei a cordinha e gritei: PARADA DESCE! Mas parece que ninguém me ouviu. Eu nunca imaginei que a primeira vez que eu visse seria assim, de passagem. Brilhando no escuro...
Quando a gente passa 10 horas voando e ESQUECE de levar um livro, a gente passa muito tempo pensando. E eu estava tão feliz que até nos meus piores pensamentos: E se o avião cair/ e se cair na costa africana com tubaroes/ e se morressemos todos - eu ainda estava no lucro. Indo prum lugar ainda melhor que Londres...
terça-feira, 15 de junho de 2010
Despedida?
Beijo!
sábado, 12 de junho de 2010
A Receita do Bolo
And walking arm in arm
You hope it don't get harmed
But even if it does
You'll just do it all again
quarta-feira, 9 de junho de 2010
terça-feira, 8 de junho de 2010
Coldplay's Prayer
Oh God I can't, I can't get through
I've been trying hard to reach You
Cos I don't know what to do
Oh God I can't believe it's true
I'm so scared about the future and
I want to talk to You, oh I want to talk to You
You can take a picture of something You see
In the future where will I be?
You can climb a ladder up to the sun
Or write a song nobody has sung, or do
Something that's never been done?
sábado, 5 de junho de 2010
Um Sopro de Vida
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Ao Cadáver Desconhecido
Há quem diga que os médicos tornam-se pessoas frias, calculistas, acostumadas com o sofrimento e com a morte. Como se médico não se envolvesse, não chorasse. Como se médico estivesse acima dos reles sentimentos humanos, distante, nas alturas se auto-intitulando semideus. Como se a doença e a morte nunca batessem na sua porta... Eu sei que parte desse conceito é culpa deles, mas fiquem sabendo que é tudo uma grande mentira.
O que acontece é que temos a morte como nossa professora. Ela se faz bem presente desde o início da nossa formação. Durante as aulas de anatomia, nos amontoamos todos ao redor de um cadáver, identificamos estruturas e realizamos procedimentos: Dissecamos, suturamos, intubamos, puncionamos... carregamos o seu coração com as nossas mãos. E depois disso ainda o chamamos de desconhecido! Tsc Tsc Tsc. Engraçado que no começo da faculdade, estamos mais acostumado com o cadáver do que com a vida. O paciente "de verdade" a princípio nos assusta. E chega até a ser irônico que a própria morte nos ensine a salvar vidas. A morte nossa inimiga, a morte nossa professora. Nunca vou entendê-la.
Depois de 2 anos, nos econtrando semanalmente com ela num laboratório de anatomia, finalmente vamos para o hospital. E mais cedo ou mais tarde, infelizmente acabamos descobrindo que ela também está lá. E que ela não acomete só "indigentes"... mas pode levar uma senhorinha que lembrava a sua avó, um bebê ( que você queria ter...), um jovem adulto. Você. Eu. Somos todos suceptiveis. Estamos todos vulneraveis. E é muito mais difícil encarar a morte desse jeito... por isso alguns médicos fingem que a vida é uma grande laboratório de anatomia, branco e gelado - e que as pessoas são todos grandes 'desconhecidos'. Não é todo mundo que tem estômago para ter tantos encontros com ela e ainda assim continuar cheio de vida. Não estou justificando, estou explicando. Nada justifica. Na verdade, todo mundo sabe que medicina é desgastante. E como já dizia o filósofo "se não guenta pra que veio"? Mas pra quem prefre tratar as pessoas como peças anatômicas ... o IML tá pagando bem... bom ficar por lá.
'Ao curvar-te com a lâmina rija de teu bisturi sobre o cadáver desconhecido,
lembra-te de que este corpo nasceu do amor de duas almas
cresceu embalado pela fé e esperança daquele que, em seu seio,
o agasalhou, sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens, por certo
amou e foi amado e sentiu saudades dos outros que aprtiram, acalentou um amanhã feliz
e agora jaz na fria lousa, sem que, por ele, se tivesse derramado uma lágrima sequer,
sem que tivesse uma só prece. Seu nome só Deus o sabe, mas o destino
inexorável deu-lhe o poder e a grandeza de servir à humanidade que
por ele passou indiferente'
Karl Rokitansky
* paciente faleceu hoje no plantão...
terça-feira, 1 de junho de 2010
Gare de Astapovo
O velho Leon Tolstoi fugiu de casa aos oitenta anos
E foi morrer na gare de Astapovo!
Com certeza sentou-se a um velho banco,
Um desses velhos bancos lustrosos pelo uso
Que existem em todas as estaçõezinhas pobres do mundo
Contra uma parede nua...
Sentou-se ...e sorriu amargamente
Pensando que
Em toda a sua vida
Apenas restava de seu a Gloria,
Esse irrisório chocalho cheio de guizos e fitinhas
Coloridas
Nas mãos esclerosadas de um caduco!
E entao a Morte,
Ao vê-lo tao sozinho aquela hora
Na estação deserta,
Julgou que ele estivesse ali a sua espera,
Quando apenas sentara para descansar um pouco!
A morte chegou na sua antiga locomotiva
(Ela sempre chega pontualmente na hora incerta...)
Mas talvez não pensou em nada disso, o grande Velho,
E quem sabe se ate não morreu feliz: ele fugiu...
Ele fugiu de casa...
Ele fugiu de casa aos oitenta anos de idade...
Não são todos que realizam os velhos sonhos da infância!
Mario Quintana
Felicidade
Ser feliz é uma responsabilidade muito grande. Pouca gente tem coragem. Tenho coragem mas com um pouco de medo. Pessoa feliz é quem aceitou a morte. Quando estou feliz demais, sinto uma angústia amordaçante: assusto-me. Sou tão medrosa. Tenho medo de estar viva porque quem tem vida um dia morre. E o mundo me violenta.
- Clarice Lispector
Porque convém que isto que é corruptível
se revista da incorruptibilidade,
E que isto que é mortal se revista da imortalidade.
Onde está, ó morte, a tua vitória?
Onde está, ó morte, o teu aguilhão?
Clarice, felicidade é presente de quem venceu a morte pra quem não precisa mais temê-la :)