As vezes eu tenho a impressão de que as coisas na vida ficam esperando para acontecer todas de uma vez. Coisas, boas ou ruins, gostam de andar acompanhadas. Nem os acontecimentos gostam de ser sozinhos.
sábado, 17 de novembro de 2012
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Planejamento
Eu não tenho bem um plano para o futuro.
Eu não tenho nada escrito num papel.
O que eu tenho é mais um sentimento...
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Ciclo Cotidiano
Você toma a contragosto uma dose de realidade.
Seu coração fica angustiado,
o presente parece um absurdo e o futuro sombrio .
Mas daí te ocorre : não precisa ser assim.
- Outro mundo é possível.
Eu me levanto e a fantasia recomeça :)
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Pôr-do-Sol
".... Seria o ocaso mais bucólico que o amanhecer? Afinal,
estamos falando do mesmo evento que ocorre de maneira contrária. Como um
espelho, imagem real e invertida. Será que à tarde estamos mais sensíveis após
um dia inteiro de labuta e a descida do sol leve com ela nossas angústias. Acho
que não, há tempos que o ciclo claro-escuro deixou de marcar o começo e o fim
de nossos dias, e isso tem deixado nossa pituitária e seu hormônio melatonina
“loucos” no controle do ritmo circadiano - é, meu caro leitor, não são só as
plantas que precisam de luz para sobreviver. Afinal, desde a invenção do
relógio que a coincidência dos ponteiros às zero horas é que têm marcado a
transição de nossos dias.Mas se não são nossos problemas
que estão sendo levados com fim de mais um dia, será que nosso fascínio provém
de termos observado a cada dia menos o nascer do sol que o “morrer” do sol,
afinal a cada dia dormimos mais tarde, e acordamos mais atrasados. Talvez não, afinal, enclausurados dia após
dia em nossas edificações, não temos mais, igualmente, conseguido observar o
poente. Em verdade, a cada dia estou mais
convencido de que a beleza do pôr-do-sol resida nos nossos sentidos. Os
sentidos – no caso a visão – são instrumentos biológicos que nos ligam ao mundo
“real” através de estímulos elétricos. Sim, o poente tem um brilho maior porque
ao final do dia maior quantidade de poeira se encontra em suspensão na
atmosfera, e a incidência dos raios, iluminando essas partículas (a sujeira de
outrora) confere a esse momento uma cor laranja-avermelhada, simplificada por
Djavan como Lilás. Seja como for, o que eu sei é que
“eu quero é ver o pôr-do-sol, lindo como ele só”, esse raro espetáculo
cotidiano da natureza que nos deixa em conexão direta com Deus, para que em meu
Epitáfio não esteja escrito: “devia ter complicado menos, trabalhado menos, ter
visto o sol se pôr...”.
Bruno Pessoa
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