sábado, 30 de março de 2013

Manuel Bandeira




Meu caro Rui Ribeiro Couto, a mocidade
Promete mais que dá. Sonhamos se dormimos,
E sonhamos quando acordados, Altos cimos
Da aspiração, que em torno vê só a intensidade!
Assim, amigo, foi você; assim eu fui.
Mas terminada a mocidade, o sonho rui?
Não, não rui. Pois o sonho, amigo, não é cousa
Feita de pedra e cal: o sonho é cousa fluida.
Enquanto dura a mocidade, que não cuida
Senão de se gastar, nem para, nem repousa,
Vai de despenhadeiro a outro despenhadeiro.
Mas com o tempo serena e flui como um ribeiro.

Um dias as ilusões de Vitorino Glória
Se terão dissipado. Em cada nervo e músculo
Sentirá ele, na doçura do crepúsculo,
O que houve de melhor na sua louca história.
Apaziguado há de sorrir ao sonho roto,
E encontrará, dentro em si mesmo, o pouso, o couto

Um comentário:

  1. . Olá! Meu nome é Vinicius C. Eu sou dono e escritor no site. www.almadopoeta.com
    Pediram-me que ajudasse a divulgar e pedir ajuda para dona Maria. E eu certamente aceitei. Eu a conheço, pois mora relativamente perto da minha casa.
    Por favor, não ignore. Existe sim dignidade ao se pedir ajuda e é isso que estamos fazendo. Por favor, visite a página e mesmo que não possa ajudar financeiramente doe seu tempo divulgando a campanha.
    Muito obrigado por sua atenção!
    Vinicius C/ eu ajudo!!!
    Abraços!
    Segue o link...
    http://solidariedade-maria-maria.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir