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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Razões


A vida é menos sobre sucesso e mais sobre sentido.
Então, por que você faz o que você faz?

terça-feira, 17 de abril de 2012

O Médico e o Monstro?

Acontece alguma coisa muito delicada quando um médico se torna empresário da saúde. Às vezes as coisas parecem confusas, e é preciso tomar cuidado para que o empresário não destrua o médico, só isso. Para que o capital não destrua a arte.

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domingo, 29 de janeiro de 2012

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Talvez


"You broke the bonds, and you loosed the chains
Carried the cross and all my shame, You know I believe it
But I still haven't found what I'm looking for"




Agora que me perdi, talvez eu finalmente me encontre.
Talvez, perdida assim, esteja finalmente trilhando o caminho certo
Talvez se perder não seja assim, de todo ruim. Lembra de todas as vezes
que você sabia para onde estava indo, sem chegar a lugar algum?
Talvez esta incerteza que  incomoda seja melhor do que as certezas que pensamos ter.
A certeza acomoda.

domingo, 25 de setembro de 2011

Explicação II



Hoje de manhã uma lembrança saudosa veio me visitar. Quando eu tinha oito anos, a abertura dos jogos da escola tinha como tema a Declaração Universal dos Direitos Humanos. O nosso paradidático era uma adaptação para crianças por Ruth Rocha. Li meu livrinho ilustrado várias vezes, achava o máximo. Ficava imaginando todas aquelas pessoas inteligentes e de bom coração vindas do mundo todo, para se reunir ali ao redor de uma mesa gigante e bolar um jeito de acabar com todas as injustiças -  Que pessoas legais! Que idéia brilhante para se ter!

A bandeira da turma ia ser escolhida a partir de um mini "concurso", onde todos desenhariam algo sobre o tema da sala: Igualdade. Meu desenho foi simples. Desenhei um índio, um chinês e um africano. Ganhei o concurso  - provavelmente não por ser o melhor, e sim a mais fácil de reproduzir - e desfilei com a bandeira. E eu nunca vou esquecer de como foi importante pra mim naquela noite levar a bandeira que representava, pelo menos para a gente, a igualdade de todas as pessoas do mundo...

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Reflexões de Uma Flecha II


No meio do caminho fui tomada pela sensação estranha de que talvez, de alguma maneira que eu não sei explicar, alcançando ou não o meu destino - o Arqueiro esteja lá. Talvez o segredo seja que Ele me lança para Ele mesmo. Talvez mesmo que eu me perca, Ele nunca me perca de vista. Talvez a verdade reconfortante seja que estou saindo e voltando para suas mãos...

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Reflexões de Uma Flecha I


Ele me tira das suas costas. Me põe entre os seus dedos calejados, agora. Fita os olhos no horizonte e sorri. Eu não entendo. Eu nunca entendo. Estica o fio da minha vida... Deve me lançar? Meu coração dispara. Meu fôlego some. Tento me prender, em vão. GRITO. Sou lançada no ar. Tudo passa por mim tão rapidamente: as pessoas, as paisagens, o tempo. E mesmo assim parece que estou há uma enternidade fazendo esse longo percurso entre as mãos do Arqueiro e o lugar onde tenho que chegar. Seja lá qual for a minha linha de chegada, meu porto, meu alvo - eu  não o enxergo. Eu tenho medo. E agora? Nessa parábola em  que fui lançada, em que ponto me encontro? Entre as nuvens. Não quero descer. Tenho medo. O que estará me esperando quando eu chegar? E se eu não chegar? E se eu sem querer me inclinar, e sair da rota e errar o alvo? E se for mais pesada ou mais leve do que deveria? E se eu me perder?

É tão difícil ser flecha (...)

domingo, 21 de agosto de 2011

Pergunta


                                         Faith,
As vezes não te dá um medo medonho de que depois
de tanta busca a gente acabe não encontrando nada, não?

domingo, 14 de agosto de 2011

Père



Le rêve du héros, c'est d'être grand partout et petit chez son père "
Victor Hugo

sábado, 30 de julho de 2011

Amor, Conhecimento e Compaixão


Três paixões, simples, mas irresistivelmente fortes, tem governado a minha vida: a ânsia de amar, a busca do conhecimento e uma insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade. Essas paixões, como fortes ventos, têm me impelido de um lado para o outro, num caminho caprichoso, por sobre um profundo oceano de angústias, que chega à beira do desespero.

Procurei o amor, primeiro, porque ele trás êxtase êxtase tão imenso que eu ofereceria todo o resto da minha vida em troca de umas poucas horas desse prazer. Eu o procurei, também, porque ele ameniza a solidão aquela terrível solidão na qual uma consciência em pedaços se paralisa nas franjas do mundo num insondável abismo frio e sem vida. Eu o busquei, finalmente, porque na união do amor eu vislumbrei, em mística miniatura, a suposta visão do paraíso que santos e poetas imaginaram. Isto foi o que procurei, e embora possa parecer demasiado bom para a vida humana, foi o que finalmente eu encontrei.

Com a mesma intensidade busquei o conhecimento. Desejei entender os corações dos homens. Eu quis saber por que as estrelas brilham. E tentei apreender o poder pitagórico que faz com que um número flutue por sobre o fluxo. Um pouco disso, não muito, eu consegui. Amor e conhecimento, tanto quanto foi possível, elevaram-me em direção ao paraíso.

Mas a compaixão sempre me trouxe de volta à Terra. Ecos de gritos e de dor reverberam no meu coração. Crianças famintas, vítimas torturadas por opressores, velhos desassistidos como um odioso fardo para seus filhos, e o mundo inteiro de solidão, miséria e sofrimento, fazem um arremedo do que a vida humana deveria ser. Eu desejo minorar o mal, mas não posso, e sofro também.  Esta tem sido a minha vida. Eu a entendo como uma vida digna, e prazerosamente a viveria outra vez se uma oportunidade me fosse dada

Bertrand Russell

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Oração



Souffrance. Sofferenza. Suffering.
Sufrimendua. Sufrimiento.
Sofrimento


A interseção. A ligadura. A cola. O ponto em comum entre todos os homens, e talvez mais do que isso. Talvez aquilo que faça com que nós permaneçamos juntos. O remédio amargo para o nosso egóismo e autosuficiencia. O antidoto que nos cura de nossas mazelas? O veneno que nos rende a elas? Não sei.  Mas uma coisa é certa: ele está perto. Todos os dias me deparo com ele. Percebo que por mais que a gente se proteja, não há quem consiga sair ileso dessa vida (...) 

sábado, 16 de abril de 2011

Ready... Go.


"... Contudo não há por que pensar que eles ignoram que coisa preciosa é o tempo: costumam dizer aos que amam muitíssimo que estão dispostos a lhes dar parte de seus dias. E realmente dão, sem se aperceberem disto, mas dão de forma a subtraírem vários anos a si, sem aumentar os daqueles. Mas ignoram o fato mesmo de estarem perdendo seus anos, por isso lhes é tolerável a perda de um bem que não é  notado. Ninguém devolverá teus anos, ninguém te fará voltar a ti mesmo. Uma vez principiada, a vida segue seu curso e não reverterá nem o interromperá, não se elevará, não te avisará de sua velocidade. Transcorrerá silenciosamente, não se prolongará por ordem de um rei, nem pelo apoio do povo. Correrá tal como foi impulsionada no primeiro dia, nunca desviará seu curso, nem o retardará. Que sucederá? Tu estás ocupado, e a vida se apressa; por sua vez virá a morte, à qual deverás te entregar, queiras ou não."

Seneca
- Sobre a Breviedade da Vida

quinta-feira, 18 de março de 2010

Something

Eu não sei o que, eu não sei como. Eu só sei que tem urgência para acontecer. Eu sei também que seja lá o que isso for... as vezes passa. Mas vai e volta. Vira e meche: ele aparece - seja lá o que isso for. Não sei se uma vontade, se medo, se sonho. Não sei se o destino, se o sentido, se o futuro. Não sei se apenas uma ilusão. Não sei seu tamanho, sua cor, sua forma. Não sei o cheiro que tem. Não sei se um ou mais. (...)
Mas tem alguma coisa, que eu não sei o que é nem sei como será, que eu preciso viver.